Desespera-me o tal pensamento...

Minhas lágrimas estão afiadas, cortam meu rosto como lâminas pontiagudas, saem sem licença, são muitas vezes desatentas, não se percebem quanto ao momento certo ou errado, elas caem sobre minha face como a cachoeira que deságua sobre uma imensa rocha, numa altura que ao cair no chão, se desmancha como gotas de chuva.

Não está sendo fácil fugir desse triste pensamento, o que fazer para se ter o momento esperado, minh'alma já não suporta tanta angústia, é como se gritasse aos quatro cantos da terra, declamando uma inocência sem fim, implorando apenas para ser feliz, minha vida, disso, depende - esse é o simples prazer de viver, é o único desejo de permanecer - mostro-me ao mundo sem más intensões, o que será de mim, o que esperam que eu faça, o que querem da minha pessoa, onde chegarei, se nem o destino a mim pertence, consequências ou oportunidades do acaso, já não sei mais em quem acreditar, já não me pertenço onde vivo - nunca estarei satisfeito, só me prometem e nada fazem - alguns até fingem...

Hoje não importa-me a quem ou quem, se alguém se dispuser - onde está você agora - o que fazes pra tentar mudar tua história, o caminho pode até ser diferente dos seus sonhos acordados, mas, acordemo-nos para enxergar com clareza - (usemos um colírio de visão humana/amando o próximo com ou sem defeitos) - os desesperados de paz, sentimentos esses que nos regam o jardim da dor, uma flecha que atravessa o coração sem antes indicar o ponto crucial.

Não quero continuar pensando que minha rotina é ou será, prefiro apenas pensar - por si só - por nós - por todos - pelo mundo - em razão disso ou daquilo, pelo menos saberemos que em alguns instantes, o notado já ficou na história - que muito em breve, num futuro não muito distante antes dessas palavras sumirem, alguém já se importou com a pouca felicidade que nos restou...     

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

i L u S ã O - o que seria um futuro?

A maturidade acelerada, numa idade errada

Os pés de Pimenta e Pitanga